Por Nadja Medeiros
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Acessibilidade, siga essa idéia!
Por Nadja Medeiros
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Conheça o Núcleo da Diversidade
Por Nadja Medeiros
Bloco Me Segura Se Não eu Caio chega a sua V Edição
Por Antonio José Ferreira
O Bloco Carnavalesco Me Segura Se Não Eu Caio, fundado em 2006, surgiu com o objetivo de propiciar as pessoas com deficiência, do Recife, a participação na festa mais democrática do mundo, o carnaval. Ao sentirem-se excluídas, perceberam a necessidade de criar um bloco que propiciasse a inclusão no carnaval. Foi, a partir dai, que surgiu o bloco Me Segura Se Não Eu Caio, a fim de viabilizar a participação dessas pessoas, seus familiares, amigos e a comunidade, nesta festa tão democrática.
Formado por pessoas de todas as áreas de deficiência, auditiva, física, intelectual, visual e múltipla, é coordenado por 13 entidades representativas deste segmento.
Neste ano, em sua V Edição, o bloco saiu na quarta-feira, 10 de fevereiro, do seu lugar de concentração, Praça da Torre. Com muita criatividade e alegria, era possível encontrar pessoas com deficiência intelectual fantasiadas de tudo o quanto era bicho e personagens. Os surdos faziam os passos conforme a vibração e percussão da orquestra, os deficiêntes físicos, em suas cadeiras de rodas enfeitadas, esbanjavam alegria, os cegos com suas bengalas em punho, que nestas horas servem como guias, escoras e até sombrinhas de frevo improvisadas, davam vazão a toda irreverência e alegria, bem peculiar dessa turma.
A festa ganhou grande euforia, quando a frevioca (um tipo de trio elétrico), com uma orquestra de 15 músicos, ao som do frevo, puxou o bloco pelas ruas do bairro da Torre. Os moradores nas calçadas, portas, janelas e varandas de suas casas e apartamentos saudavam o bloco acenando e mostratrando, através de suas expressões, adimiração pela disposição de tantas pessoas diferentes do paradgma comum, porém, dispostas a superarem seus limites, dançando ao som frenético frevo.
A organização contabilizou a participação de, cerca, de 3500 foliões. Patrocinadores como a Prefeitura do Recife, Governo do Estado, através da FUNDARPE, AMBEVE, dentre outros, garantiram a segurança, as atrações musicais, bebidas, camisas e muita alegria.
Nesta edição, o bloco contou com participação de diversas entidades do interior e outros municípios e com um trio que esperava o retorno dos foliões no local da saída para dar continuidade a festa. Como novidade, também foram homenageados dois personagens que marcaram a história do bloco, o Luciano Lima (deficiênte físico), por liderar as reivindicações que resultaram na criação do Me Segura Se Não Eu Caio e o Antonio José Ferreira (deficiênte visual), autor da letra e arranjo do Hino do Bloco, que neste ano foi gravado na voz do cantor Ed Carlos.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Dia Nacional dos Surdos
Em sua 8ª Edição, a Passeata dos Surdos de Recife, este ano teve como tema: “Respeito às Diferenças pelos Direitos dos Surdos”, com objetivo de reivindicar a garantia do cumprimento das Leis que asseguram a Acessibilidade na comunicação para os surdos através da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Organizada pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – FENEIS/Recife e Associação dos Surdos de Pernambuco - ASSPE, este ano a passeata teve concentração em frente ao prédio da Feneis, onde saiu pela Avenida Conde da Boa Vista, Treze de Maio, indo até o Palácio das Princesas, onde foi entregue a assessoria do governador um documento reivindicatório do cumprimento dos direitos da Comunidade Surda.
A passeata contou com a participação das entidades de surdos, familiares, interpretes de Libras e profissionais da área de educação do Recife e Região Metropolitana.
Bicentenário de Nascimento de Louis Braille
Foto: Nadja Medeiros
Nos dias 24 e 25 de Setembro, no Auditório Nereu Ramos, Câmara dos Deputados, Brasília/DF, foi realizado o Seminário Brasileiro do Bicentenário de Nascimento de Louis Braille. Promovido pela Organização Nacional de Cegos do Brasil – ONCB, teve como tema central o “Sistema Braille: marco inicial da acessibilidade e inclusão”.
A programação contou com a presença de celebridades que foram homenageadas durante a realização do seminário, pelo reconhecimento de seus trabalhos e lutas no segmento das pessoas cegas no Brasil, como a Professora Dorina de Gouveia Nowill, professor Adilson Ventura e In Memoriam professor Hamilton Garai da Silva, Marco Antonio Bertóglio, professor Edison Ribeiro Lemos e o Doutor Victor Siaulys.
A ONCB, juntamente com cinqüenta e uma entidades filiadas nos diversos estados do país, setenta entidades representadas, catorze entidades apoiadoras, entre organismos governamentais, empresas privadas e organizações de e para cegos que apoiaram o evento, homenagearam Louis Braille, inventor do Sistema Braille, reconhecendo a importância desse sistema na formação do cidadão cego. Outro objetivo do seminário foi mobilizar as instituições governamentais e não governamentais, escolas, educadores, através de discussões que trataram sobre a importância do sistema como meio natural e direto de leitura e escrita das pessoas cegas. Na ocasião, foi enfatizado o destaque internacional do sistema Braille, na formação acadêmica e no mercado de trabalho para a pessoa cega e através dos debates, foi tratado sobre o fenômeno da desbrailização e os recursos tecnológicos.
Além dos palestrantes representando as diversas instituições nacionais, como: Instituto Benjamin Constant – IBC, Fundação Dorina Nowill para Cegos – FDNC, Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Estado do Pará - CAP/PA, Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República - CORDE/ SEDH/PR, MEC, Faculdade de Educação da Universidade de Brasília - FE/UNB, etc, estiveram presente o Diretor da Fundação ONCE para América Latina - FOAL/ONCE, Fernando Iglesias Garcia, vindo da Espanha e do Primeiro Vice Presidente da União Latinoamericana de Cegos - ULAC, Julio Canizales, de El Salvador.
O Seminário contou com cerca de 350 participantes e no final, em concordância com as reivindicações do movimento de pessoas com deficiência visual, aprovou a “Carta de Brasília”. Para ler a carta e obter maiores informações, acesse o site da Organização Nacional de Cegos do Brasil – ONCB: http://www.oncb.org.br/.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Tecnologia através da língua
Parece bem estranho, mas o BrainPort, aparelho ainda em fase de testes, é o novo método que está sendo usado para dar às pessoas com deficiência visual a esperança de enxergar.
Aprimorado pelo engenheiro biomédico da Universidade de Wisconsin e co-inventor da tecnologia BrainPort Mitch Tyle, o mecanismo de informação sensorial inicial (a língua ou os olhos) envia os dados visuais para o cérebro, onde eles são processados e interpretados para formar as imagens. É uma forma de estimulação eletrotátil para aumento ou substituição sensorial, uma área de estudo que envolve o uso da corrente elétrica codificada para representar as informações sensoriais (as informações que uma pessoa não pode receber por meio dos canais normais) aplicando essa corrente à pele, que envia a informação ao cérebro. O cérebro aprende a interpretar essa informação sensorial como se fosse enviada através do canal tradicional para cada dado. Nas décadas de 60 e 70, esse processo foi assunto de pesquisa pioneira na substituição sensorial no Instituto Smith-Kettlewell liderado por Paul Bach-y-Rita, mestre, professor de ortopedia e reabilitação e engenharia biomédica na Universidade de Wisconsin, Madison. Agora é a base para a tecnologia do BrainPort da Wicab (Dr. Bach-y-Rita é também cientista-chefe e presidente da Wicab). “É um grande mistério a maneira como esse processo funciona, mas o cérebro pode fazer isso se você lhe der a informação correta". afirma Mitch.
Os pacientes que testaram o produto, nos Estados Unidos e Argentina, por exemplo, já demonstram enormes avanços. Eles conseguem identificar letras e números, jogar jogo da velha abrir portas e pegar talheres sem ter que tatear pela mesa.
sábado, 5 de setembro de 2009
Artesã inclusiva
Foto: Glaucielle Suze
Artesã há 12 anos, Ana Rosa usa a Borracha EVA (Etil, Vinil e Acetato), para criar seus artesanatos que vão desde brinquedos à jogos pedagógicos.
Vinda de família pobre, criada em engenho, não tinha condições de ter brinquedos sofisticados. Porém, foi através desta realidade que Ana descobriu seu talento de artesã. Aprendeu a confeccionar suas fantasias de carnaval e fazer bonecas de papel, razão pela qual, hoje sua base de trabalho é o recorte e a colagem.
Exatamente há 12 anos atrás, para complementar o orçamento familiar, ela decide resgatar sua vocação artística. Usando materiais poluentes, nunca foi de jogar o resto que sobrava, mesmo sem saber que estava preservando o meio ambiente. “Sempre aproveitei as sobras como uma forma de economizar, aproveito elas para encher bichinhos, pufes e almofadas. Depois descobri que, além de economizar, estava ajudando a preservar o meio ambiente”, explica Ana com um sorriso.
A princípio, como morava em Porto de Galinhas/PE, na área de praia, seus trabalhos eram voltados para a realidade do ambiente. Trabalhava com espelhos, tapetes e jogos de banheiro.
Com a mudança para o Recife, começou a desenvolver novas criações, como materiais didáticos e o resgate de brinquedos que, com o passar dos anos e o desenvolvimento da tecnologia vem perdendo espaço no meio infantil, como: peteca, guizo (vai e vem) e resta um, todos feitos com a borracha EVA e garrafas pet.
Materiais adaptados e inclusivos
Autodidata, ao chegar na cidade, inicia o novo horizonte para seu trabalho com muita pesquisa sobre jogos e brinquedos pedagógicos. Após confeccionar, decide apresentar para estudantes de pedagogia que, de imediato, aprovam e sugerem que fosse pensada uma forma de adaptá-los para as crianças cegas e surdas. Encantada com a dica, prontamente inicia as desafiadoras pesquisas sobre a escrita Braille e, com a ajuda do Presidente da Associação Beneficente de Cegos do Recife, Júlio Cesar, surge as novas produções com relevos para que as crianças cegas também tivessem acesso.
Quem quiser conhecer de perto o trabalho da Ana, é só dar uma passadinha na feira de artesanatos do Recife Antigo, aos domingos, a partir das 14:00 horas, próximo a Rua Bom Jesus, na Praça de Casa Forte, aos sábados, a partir das 14:00 horas ou na primeira semana de cada mês no hall da Prefeitura do Recife, das 08:00 às 14:00 horas.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Prefeitura do Recife realiza a Semana Municipal da Pessoa com Deficiência
Fotos: Fernando Silva e Nadja Medeiros
Durante a programação foi lembrado o Bicentenário de nascimento de Louis Braille, através de uma sessão solene no gabinete do Prefeito João da Costa, onde foi entregue cinco placas para as entidades de cegos, dentre elas, a Organização Nacional de Cegos do Brasil – ONCB, através do presidente Antonio José Ferreira.
Para encerrar a programação, no dia 28/08, foi realizado, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA/Recife, uma discussão sobre o Estatuto e a Convenção da Pessoa com Deficiência, que teve como palestrantes o Deputado Federal Fernando Ferro e o presidente da Associação Pernambucana de Cegos – APEC, Antonio Muniz.
De acordo com o Gerente da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, Edimilson Silva, a semana é uma oportunidade de mostrar para sociedade que as pessoas com deficiência, de forma autônoma, vem construindo sua história e conquistando espaços que, até então, eram ocupados por outras pessoas. “Além de disseminar informações destas pessoas, é uma forma de envolver as quatro áreas da deficiência: auditiva, física, intelectual e visual. São momentos de relevante importância”, destaca Edimilson.
A semana Municipal da Pessoa com Deficiência, foi instituída pelo decreto nº 18.920/01 e este ano teve como tema, Pessoa com Deficiência: Protagonizando sua História.
sábado, 18 de julho de 2009
Novo software de transcrição de partitura em tinta para o Braille
Segundo o Professor Borges, o software transcreve automaticamente os arquivos que já estão no formato music.xlm, que são produzidos por programas de editoração musical convencionais. Apesar do programa apenas converter partituras mais simples, já está sendo aprimorado e brevemente desenvolverá novas funções de transcrições de composições mais complexas.
Oficinas
Estarão acontecendo, em cinco regiões do Brasil, oficinas de capacitação do Musibraille através dos seguintes estados:
Brasília, 08 a 10 de Julho, na Biblioteca Nacional de Brasília;
Recife, 4 a 7 de agosto, na Biblioteca Pública de Pernambuco;
Belém, 2 a 5 de setembro, na Universidade Federal do Pará;
Rio de Janeiro, 6 a 9 de outubro, no Instituto Benjamim Constant e;
Porto Alegre, 10 a 13 de novembro, na Usina do Gasômetro.
Pra quem quiser baixar gratuitamente o Musibraille, basta acessar o: www.intervox.nce.ufrj.br/musibraille/
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Comemoração de um ano de ratificação da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência
Na ocasião, a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, as Universidades Federal e Estadual do Rio de Janeiro e o Instituto Interamericano sobre Deficiência e Desenvolvimento Inclusivo assinaram o termo de adesão da Campanha de Acessibilidade.
A referida convenção foi ratificada pelo Congresso Nacional em 09/07/2008 pelo decreto legislativo nº 186/2008, com obrigação de aplicação imediata de todos os seus artigos.
Para saber mais da referida Convenção, é só acessar o seguinte link:
http://www.assinoinclusao.org.br/downloads/convencao.pdf